quinta-feira, 14 de abril de 2011

Filhos únicos por opção

Cada vez mais brasileiras optam por ter apenas um filho. Saiba o que está em jogo nesta decisão

Segundo o IBGE, em 2009, o número médio de filhos por mulher era de 1,94. O índice levaria muitas avós a dizer que não se fazem mais famílias como antigamente. Ao longo das últimas décadas, o número caiu em todas as regiões e grupos sociais brasileiros – em 2000, ele marcava 2,39 filhos por mulher. Os motivos vão desde os gastos de se criar uma criança hoje em dia até a maternidade tardia. Mas a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp) e terapeuta familiar Quézia Bombonatto ressalta: criar um único filho pode ser tão difícil quanto ter dois ou três correndo pela casa.
“O filho único costuma crescer em um ambiente onde ele sente que reina”, diz. Não à toa vivem dizendo que filho único fica mais egoísta, mas toda regra tem exceções. Ser mais ou menos individualista depende também da vivência em casa, além da personalidade. De acordo com a psicóloga e psicoterapeuta familiar Ana Gabriela Andriani, é mais fácil aprender a compartilhar e pensar no próximo quando se convive com um irmãozinho desde cedo, mas a escola também pode proporcionar esta experiência ao filho único.
Para a psicanalista Vera Zimmermann, coordenadora do Centro de Referência da Infância e Adolescência (CRIA) da Unifesp, hoje em dia o filho único não é mais prejudicado pela solidão como antes. Se antigamente a mulher tinha um filho só por dificuldades pessoais ou falta de desejo e dedicação, hoje ela faz isso por opção, sem necessariamente criar situações afetivas complexas para a criança. “Hoje é preciso fazer uma escolha de qualidade, para ter uma vida profissional e familiar”, afirma. A escola também cumpre o papel de inserção da criança no meio social, portanto ser filho único não implica uma grande falta neste quesito.
Escolha e arrependimento
A microbiologista Maria Lígia Carvalhal, de 63 anos, é uma prova. Quando teve o primeiro e único filho Rafael, aos 37, ficou sempre atenta para ensinar o filho a conviver com as frustrações. “Não adianta dar tudo que a criança quer. Depois ela vai bater cabeça na vida”, diz. Segundo Maria Lígia, Rafael não foi superprotegido e sempre foi cobrado para a importância de aprender a dividir. E deu certo. Mas ele sempre esteve cercado de amigos desde quando começou a frequentar a escola. “Em casa e nas viagens, sempre tinha um, dois, três amigos”, conta. “Até hoje isso é muito importante para ele”. Leia na íntegra no endereço: http://delas.ig.com.br/filhos/filhos+unicos+por+opcao/n1596835195536.html

Fonte: iG
Canal:  Delas

Foto: Amana Salles





 

 

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